"Onde funcionam as coisas é onde a sociedade se apropria dos seus processos." Ladislau Dowbor

quinta-feira, 23 de junho de 2011

DESAFIO NATIONAL GEOGRAFIC 2011: INSCRIÇÕES ATÉ 29/07

                                                                                      Madalena Leles


Estão abertas as inscrições para o concurso Viagem do Conhecimento - Desafio National Geographic 2011, que tem a intenção de testar o conhecimento de estudantes brasileiros - que estejam cursando entre o 8º ano do Ensino Fundamental e a 1ª série do Ensino Médio -, sobre geografia e áreas afins. 

A iniciativa, que é promovida todos os anos, pela revista National Geographic Brasil e pela Editora Abril, visa contribuir para a melhoria da qualidade de ensino da disciplina no país e, ainda, estimular os jovens estudantes a conhecer melhor - e, consequentemente, respeitar mais - a diversidade de lugares, povos e culturas do mundo. 

Os estudantes de escolas públicas e privadas de todo o país, podem participar do Desafio: basta serem inscritos pela internet, até o dia 29 de julho, por um diretor, coordenador ou professor de geografia da instituição onde estudam. A ficha de inscrição está disponível no site do Viagem do Conhecimento. 

O Desafio, que neste ano está sendo patrocinado pela Petrobras, terá quatro etapas: 
- Fase Local, em que será aplicada a primeira prova, nas próprias escolas em que estudam os jovens participantes; 
- Fase Regional, quando acontecerá a segunda prova, nos colégios eleitos como sedes estaduais do Desafio; 
- Fase Nacional, quando serão divulgados os 20 finalistas da iniciativa, que viajarão juntos, acompanhados de responsáveis, para um destino brasileiro que ainda será definido pelo Comitê Gestor da iniciativa; e 
- Fase Final, em que os estudantes realizarão as duas últimas provas do Desafio, após cumprirem um roteiro repleto de eventos e passeios culturais. 

A cerimônia de encerramento do Viagem do Conhecimento - Desafio National Geographic 2011 acontecerá em novembro deste ano e contará com a entrega de medalhas e certificados para todos os finalistas.



Débora Spitzcovsky
Planeta Sustentável

terça-feira, 14 de junho de 2011

PRÊMIO VICTOR CIVITA EDUCADOR NOTA 10: INSCRIÇÕES ABERTAS


Profissionais do setor da educação, que tenham implantado iniciativas em prol da melhoria da qualidade de ensino no país, podem inscrever seus projetos, até 10 de julho, no Prêmio Victor Civita Educador Nota 10
Estão abertas as inscrições para a 14ª edição do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10, promovido pela Fundação Victor Civita, com a intenção de reconhecer e divulgar as melhores iniciativas educacionais implantadas no Brasil para melhorar a qualidade do ensino no país.

Professores, diretores, coordenadores pedagógicos e orientadores educacionais, que trabalhem em escolas de ensino regular, podem inscrever seus projetos até o dia 10 de julho, pelo site do Prêmio. Cada profissional tem direito a concorrer com uma iniciativa, que deve ter sido implantada entre fevereiro de 2010 e junho de 2011.

O Prêmio é dividido em duas categorias:
- Professor Nota 10, que premiará dez professores brasileiros e
- Gestor Nota 10, que reconhecerá o melhor gestor do país.

Os vencedores da premiação serão selecionados pela comissão julgadora da Fundação Victor Civita, que levará em conta os objetivos do projeto inscrito, as ações que conseguiu concretizar e a repercussão que teve na aprendizagem dos estudantes.

Cada um dos vencedores, anunciados em cerimônia oficial, receberá um prêmio em dinheiro, de R$ 15 mil, e a escola onde atua o Gestor Nota 10 ganhará mais R$ 10 mil. Na ocasião, ainda será anunciado o Educador do Ano de 2011, entre os dez professores premiados, que terá direito a um curso de pós-graduação em qualquer instituição do país.

Prêmio Victor Civita Educador Nota 10
Inscrições até 10 de julho
Mais informações no site do Prêmio

*Prêmio Victor Civita Educador Nota 10


Débora Spitzcovsky

terça-feira, 7 de junho de 2011

VESTIBULAR UESC 2012

A Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) vem discutindo a utilização do desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) como única forma de acesso aos seus cursos de graduação em 2012, através da adesão ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Neste sentido, assim que as atividades na UESC sejam regularizadas, o Conselho Superior de Ensino Pesquisa e Extensão da Universidade (Consepe) se reunirá para deliberar sobre o assunto.

Ante tal possibilidade e considerando que as inscrições para ao Enem se encerrarão no dia 10 de junho de 2011, a recomendação é que todos aqueles que tenham interesse em ingressar em cursos de graduação da UESC, em 2012, realizem a sua inscrição no ENEM 2011.

O Sisu é o sistema informatizado, gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC), por meio do qual as instituições públicas de educação superior participantes selecionam novos estudantes aos cursos de graduação exclusivamente pela nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio.


UESC

sábado, 4 de junho de 2011

MANUAL DE ETIQUETA SUSTENTÁVEL

Clique na imagem para abrir o Manual

“Não existe almoço de graça”, gosta de repetir o economista e ambientalista Sérgio Besserman ao definir em suas palestras a sustentabilidade. O problema é esse. Gastamos os recursos naturais rápido demais e poluímos além do suportável. A única maneira de pagar essa conta, agora, é organizar a produção e o consumo de forma inovadora. Quem vai fazê-lo? A resposta é todos — governos, empresas, fazendas, ONGs e mesmo indivíduos. "


A proposta deste “Manual de Etiqueta 3.0” é oferecer dicas de como você pode fazer parte deste movimento planetário para colocar as contas da humanidade em dia. Os objetivos são: atenuar as mudanças climáticas, preservar a diversidade biológica, combater a poluição das águas e promover o desenvolvimento econômico. A chave da participação está na inovação. Levar a vida de modo criativo em casa, na empresa, na escola e na rua. Não é ruim, não. É divertido sair da rotina. Veja como fazê-lo nas dicas a seguir. Como mostra a banda Pato Fu, em evento do Planeta Sustentável, a música faz parte.

Texto de Matthew Shirts, coordenador editorial, Planeta Sustentável.
Manual de Etiqueta é uma publicação do movimento  Planeta Sustentável e da Editora abril.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

PRÊMIO JOVEM CIENTISTA 2011


O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) comemorou seus 60 anos em um evento no Teatro Nacional, em Brasília, no dia 27 de abril, onde também foi apresentado o tema da edição de 2011 do Prêmio Jovem Cientista.

Neste ano, os estudantes deverão entregar trabalhos sobre “cidades sustentáveis”. As inscrições serão realizadas até 31 de agosto de 2011 , às 23h59min59seg (horário de Brasília), e deverá ser efetuada exclusivamente no endereço www.jovemcientista.cnpq.br - para as categorias “Graduado” e “Estudante do Ensino Superior”; e para a categoria Estudante de Ensino Médio , a inscrição poderá ser efetuada, preferencialmente, também no endereço www.jovemcientista.cnpq.br > Estudante do Ensino Médio ou pelos Correios, para o endereço: Fundação Roberto Marinho - Rua Santa Alexandrina, 336 – 1º andar – Rio Comprido – Rio de Janeiro – RJ – CEP 20261-232.

Ao todo, são quatro categorias: graduados no ensino superior, estudantes de ensino superior, estudantes de ensino médio e mérito institucional.

Os três primeiros lugares entre os estudantes de ensino médio ganham laptops, assim como seus orientadores e escolas. As linhas de pesquisa são:

- ambientes sustentáveis: casa, escola, trabalho, espaços públicos;
- planejamento urbano e qualidade de vida;
- gestão das águas no meio urbano;
- políticas de mobilidade nas cidades;
- agricultura urbana;
- gestão de resíduos: orgânicos, inorgânicos e perigosos;
- e impactos das mudanças climáticas nas cidades.

Na categoria “graduados no ensino superior”, o primeiro lugar leva R$ 30 mil, o segundo, R$ 20 mil e o terceiro, R$ 15 mil. Entre os estudantes do ensino superior, os prêmios são de R$ 15 mil, R$ 12 mil e R$ 10 mil respectivamente. Os trabalhos devem ser sobre:

- vulnerabilidade, risco e mudanças climáticas nas cidades;
- urbanização, ambiente e gestão das águas urbanas;
- produção do espaço urbano e apropriação da natureza relacionada com a questão do solo, água, ventos e dos recursos energéticos;
- políticas urbana, ambiental e de saúde relacionadas com a questão do lixo;
- planejamento urbano, gestão e conflitos ambientais;
- políticas de transporte e de mobilidade nas cidades;
- agricultura urbana e cidade sustentável;
- implicações socioambientais da legislação urbana;
- paisagem urbana e arquitetura sustentável;
- e cidades em fronteiras transnacionais e gestão ambiental.

O “mérito institucional” premia R$ 35 mil cada para a escola de ensino médio e a instituição de ensino superior que tiverem os maiores números de trabalhos com mérito científico inscritos. Há ainda uma “menção honrosa” de R$ 20 mil para um cientista com doutorado de destaque na área.

Todos os premiados também ganham uma bolsa de estudo do CNPq e os primeiros colocados participarão da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) de 2012.

A premiação é uma iniciativa do CNPq, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, a Gerdau e a General Electric do Brasil (GE).

G1 São Paulo

domingo, 29 de maio de 2011

SELO ESCOLA SOLIDÁRIA PRORROGA INSCRIÇÕES ATÉ 15 DE JUNHO

Assista abaixo a campanha do Selo/Foto: Divulgação

Escolas particulares e privadas, de educação básica, que desenvolvem projetos socioeducativos ainda podem se inscrever para participar do Selo Escola Solidária 2011, até o dia 15 de junho. Para participar, basta a escola escolher um projeto que esteja em andamento e preencher a ficha de inscrição no site do Instituto Faça Parte.

A certificação busca valorizar as melhorias para o ensino integrado às práticas sociais. As escolas que se inscreverem têm a oportunidade de mostrar como conseguem driblar questões do dia a dia e despertar a vontade dos alunos em aprender.

A coordenadora executiva do instituto, Karia Mori, explica a importância desses projetos: "É o que chamamos de voluntariado educativo, uma maneira de dar significado aos saberes escolares e à vivência de valores por meio do desenvolvimento de atividades sociais planejadas sem deslocar a escola da sua principal função: a de promover a aprendizagem e a formação para a cidadania".

Todos os projetos inscritos serão analisados de acordo com critérios estabelecidos pelo Instituto Faça Parte. Entre os quesitos estão "pertinência com conceito de voluntariado educativo", além de resultados pedagógicos e sociais alcançados até o momento.

Ao participar da rede reconhecida, cada escola terá seu projeto publicado no site do Faça Parte e poderá conhecer e trocar experiências sobre voluntariado educativo com escolas de todo o país. O resultado do Selo Escola Solidária será divulgado em setembro de 2011.

Assista abaixo a campanha de divulgação do selo:


Redação EcoD

sexta-feira, 27 de maio de 2011

PESCARIA DO FUTURO


Por: 
João Bosco - Jornalista, cartunista, ilustrador, caricaturista e chargista do jornal O LIBERAL, de Belém do Pará, desde 1988. Casado, uma filha, possui vários prêmios nacionais e internacionais em salões de humor, cinco livros editados. Tem trabalhos publicados nas revistas Veja, Você SA, Semana, Imprensa, Focus, revista Francesa Le Monde Magazine.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

SACOLAS PLÁSTICAS PERTO DE SEREM PROIBIDAS EM SALVADOR

Sacolas plásticas deixadas em aterros na Bahia demoram em torno de um século para se decompor
Foto: Ana_Cotta

Projeto de lei que proíbe utilização de sacolas plásticas em Salvador foi assinado nessa terça-feira, 17 de maio, por unanimidade na Câmara Municipal. Agora, a cidade está a um passo de se tornar mais uma entre o grupo das capitais (Cuiabá, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e mais recentemente São Paulo) que aprovaram leis que obrigam os estabelecimentos comerciais a não oferecerem mais as sacolinhas.

Dessa forma, o Plenário da Câmara assinou o projeto dos vereadores Pedro Godinho (PMDB), Andréa Mendonça (DEM) e Vânia Galvão (PT) que obriga a colocação de sacolas oxi-biodegradáveis para o acondicionamento dos produtos destinados a consumidores. Para entrar em vigor, só falta à lei ser sancionada pelo prefeito João Henrique.

De acordo com especialistas, uma vantagem das sacolas oxi-biodegradáveis é que em sua degradação inicial ela se decompõe pela oxidação acelerada por luz e calor. Num segundo momento, o plástico é biodegradado por microorganismos e os resíduos finais restantes não poluem o meio ambiente.

Segundo o verador Pedro Godinho, essas medidas, além de diminuir os impactos ambientais, evitam “um alto investimento financeiro para diminuir a poluição”.

Para Vânia Galvão, co-responsável pelo projeto de lei, a iniciativa busca a conscientização dos comerciantes e pretende eliminar fabricação, compra e uso das sacolas plásticas tradicionais, assim como aconteceu em Bangladesh e nos Estados Unidos.

Penalidades do projeto

Depois que a lei entrar em vigor, que depende da aprovação do prefeito, o comércio terá o prazo de um ano para se adequar à nova regra. Após esse período, as penalidades deverão começar.

Quem descumprir a lei primeiramente receberá uma advertência civil do ocorrido, com uma multa relacionada a 1% do faturamento da empresa. Se reincidir no erro, a pena de multa, graduada a partir da condição econômica do estabelecimento, deverá dobrar.
Redação EcoD

segunda-feira, 16 de maio de 2011

POPULAÇÃO DE CAETITÉ SE MOBILIZA E IMPEDE PASSAGEM DE COMBOIO RADIOATIVO

Caetité é um município baiano com aproximadamente 48 mil habitantes

Milhares de pessoas fizeram um cordão humano em frente ao Cemitério de Caetité, conseguindo impedir a passagem do comboio radioativo composto por 13 caminhões que chegou a cidade por volta das 19h de ontem (15/05/2011), carregados de material atômico destinado ao distrito de Maniaçu, onde funciona a única unidade de extração de urânio em atividade no país.
Impedidos de seguir por esta via, o comboio deu a volta e tomou o rumo da BR que leva à Lagoa Real, com a intenção de alcançar a Fazenda Cachoeira, onde fica a mineração de urânio. Os caetiteenses estão dispostos a permanecer em vigília toda a noite, e tentam fazer contato com a população da Lagoa Real para garantir a mobilização necessária a fim de impedir a passagem do lixo radioativo pela estrada que liga aquela cidade a Maniaçu. A Comissão Paroquial de Meio Ambiente de Caetité (BA), a Comissão Pastoral da Terra e o Movimento Paulo Jackson - Ética, Justiça, Cidadania foram as instituições promotoras da convocação. Cogitado anteriormente para chegar na próxima semana na Bahia, tudo indica que a viagem do comboio possivelmente vindo de São Paulo foi antecipada para o dia 15 de maio, revoltando a população local que se mobilizou para rejeitar a carga nuclear. Os sindicatos de trabalhadores do Rio de Janeiro e de Brumado estão questionando a insegurança com que este transporte está sendo feito e os riscos que representa para o ser humano e o meio ambiente.
Na última quinta-feira, a Rádio Educadora Santana de Caetité tratou do assunto, levantando a possibilidade da carga radioativa ser a mesma que saiu da cidade de Poços de Caldas (MG), na década de 1990, destinada a São Paulo, e a ser utilizada pela Marinha Brasileira em um projeto de submarino nuclear. Ainda segundo informações extra-oficiais, depois de usado no projeto, esse material ficou confinado em algum lugar da capital paulista até ser liberado para voltar a Poços de Caldas. Em 2000, o então governador de Minas, Itamar Franco, proibiu a entrada da carga no Estado. Os microfones da Educadora foram colocados à disposição da direção das Indústrias Nucleares do Brasil-INB e reservado o horário da sexta-feira para esclarecimentos, mas ninguém se pronunciou.

Zoraide Vilasboas
Coordenação de Comunicação e Ascom/Abará

sábado, 14 de maio de 2011

BRASIL TERÁ PRIMEIRA ESCOLA COM CERTIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL

                                                                                           Divulgação
Colégio Sustentável

O Brasil está prestes a ter sua primeira escola com certificação de sustentabilidade: no bairro de Santa Cruz, na cidade do Rio de Janeiro, foi inaugurado sábado passado, 7 de maio, o Colégio Estadual Erich Walter, que está em processo final de auditoria para receber o selo Leed Schools de certificação ambiental. 

Concedido pelo GBC - Green Building Council, no Brasil, o selo Leed já foi conferido a 120 escolas no mundo - 118 ficam nos EUA, uma na Noruega e outra em Bali -, mas nunca no Brasil. Esta realidade, no entanto, está prestes a mudar: segundo a GBC, o processo de auditoria da escola pública Erich Walter deve ser finalizado em até cinco meses, dando ao colégio o título de primeira instituição de ensino do Brasil a receber certificação Leed Schools. 

Entre as características da escola que contribuíram para a certificação, estão: 
- área para armazenagem de lixo para reciclagem; 
- sistema de reaproveitamento de água da chuva; 
- painéis solares para geração de energia limpa; 
- bicicletário e vagas especiais para veículos de baixa emissão; 
- pavimentação permeável; 
- telhado verde; 
- iluminação com lâmpadas LED; 
- revestimento com baixos índices de compostos orgânicos voláteis; 
- equipamentos de ar condicionado eficientes; e 
- acessibilidade a alunos com necessidades especiais, com portas mais largas, pisos táteis, rampas com pouca inclinação e inscrições em braile. 

O projeto, desenvolvido pelo escritório Arktos - Arquitetura Sustentável, ainda poderá servir de modelo para outras 40 escolas públicas do país, que pretendem entrar com pedido de certificação na GBC-Brasil.

Débora Spitzcovsky
Planeta Sustentável - 06/05/2011

METANO LIBERADO NOS LIXÕES GERA ENERGIA ELÉTRICA

                                                 Fernando Stankuns / Creative Commons
Vista aérea do aterro Bandeirantes em Perus - São Paulo/SP


Transformar montes de lixo em algo produtivo, que diminui a quantidade de gases tóxicos lançados na atmosfera e ainda gera energia: essa é a ideia por trás das usinas de metano em funcionamento na cidade de São Paulo. Até 2007, cerca de 25% das emissões de gases de efeito estufa de São Paulo vinham dos aterros Bandeirantes (foto), ativo entre 1979 e 2006 e o maior da América Latina, e São João, que funcionou entre 1992 e 2007. 



Hoje, o metano (gás 21 vezes mais nocivo que o CO2) liberado pelos lixões é usado para gerar energia elétrica. Um acordo feito com a prefeitura permitiu que os dois lixões fossem explorados para produzir energia. As empresas responsáveis por eles (Loga e EcoUrbis - que cuidam do Bandeirantes e do São João, respectivamente) fecharam uma parceria com a Biogás para que o metano captado seja queimado e transformado em eletricidade. 



Os dois locais acumularam juntos 64 milhões de toneladas de lixo. O produto gerado por essa biomassa abastece 800 mil pessoas e reduz em 20% as emissões na cidade.


Ainá Vietro
Vida Simples - 12/2010

terça-feira, 3 de maio de 2011

AMAZONENSE PEDALA 23 MIL KM E PERCORRE PAÍS EM 347 DIAS


Valdeni Pinheiro saiu de casa, em Humaitá (AM), em 17 de maio de 2010.
Ele quer entrar no livro dos recordes.



Valdeni abraça a mãe, dona Raimunda das Chagas,
durante passagem por Humaitá, antes de encerrar
trajeto (Foto: Arquivo Pessoal/Valdeni Pinheiro)


O ciclista amazonense Valdeni Pinheiro Alves, 32 anos, completou 23 mil quilômetros de viagem e passou pelas 26 capitais do país e o Distrito Federal em 347 dias. Ele saiu de casa, em Humaitá (AM), em 17 de maio de 2010 e chegou ao último destino da viagem nesta sexta-feira (29), em Macapá. 

Após o feito, ele contou ao G1 que está "ilhado" na cidade, de onde não consegue voltar para casa, pois o caminho é impossível de ser feito de bicicleta. "Me prometeram uma passagem aérea de Macapá para Porto Velho, mas não recebi nada. A minha meta eu consegui completar, que era dar a volta pelas capitais do país em menos de um ano. Terminei o trajeto aqui [Macapá], mas agora quero chegar a minha casa antes do Dia das Mães, pois quero estar com minha mãe, que sempre me incentivou. De Porto Velho eu sigo de bicicleta para casa", disse Pinheiro.

Valdeni Pinheiro na linha do Equador, no Amapá, no fim do trajeto
por todas as capitais do país (Foto: Arquivo Pessoal/Valdeni Pinheiro)

Ele já tinha feito uma viagem semelhante em 2008, quando percorreu nove estados em cinco meses. "Depois de abraçar minha mãe, quero ver se consigo entrar no livro dos recordes. Por isso registrei toda a viagem em um caderno, como se fosse um diário de viagem, com carimbos de estabelecimentos comerciais, instituições e postos policiais por onde passava", afirmou o ciclista.

O aventureiro disse ainda que procurou registrar todos trechos com fotografias. "Eu colocava tudo no Orkut. Depois de tantas fotos, comecei a fazer algumas poses diferentes para deixá-las mais engraçadas."

Para conseguir o feito, ele seguia a rotina de pedalar, no mínimo, 100 quilômetros por dia. "O máximo que pedalei em um dia foram 220 quilômetros, de Água Clara (MS) até Carneirinho (MG). Normalmente eu acordava às 6h e já começava a pedalar. Quando estava atrasado ou precisava adiantar a viagem, saía logo às 4h. Sempre tinha um horário para começar, mas nunca tinha hora para parar."


Depois que saiu de casa, Pinheiro seguiu para Porto Velho, depois pedalou para Rio Branco, voltando em seguida para Porto Velho, de onde saiu para Cuiabá, Goiânia, Palmas, Belém, São Luís, Teresina, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Recife, Maceió, Aracaju, Salvador, Vitória e Rio de Janeiro.

Em seguida, ele foi para São Paulo, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, voltou para Florianópolis, Curitiba, passou por Campo Grande, Belo Horizonte, Distrito Federal e Goiânia. Pinheiro voltou a pedalar por Cuiabá, Porto Velho, Manaus, Boa Vista e Macapá.

"Agora, preciso de um avião ir até Porto Velho, de onde pedalo mais 210 quilômetros para ver minha mãe, em Humaitá. Estou com saudades dela. Não comprei presente, mas acho que ela vai gostar de me receber como presente para ela. Vou dar minha bicicleta, que usei por toda a viagem, para ela", disse Pinheiro.


Ciclista pedala 8 meses (Foto: Glauco Araújo/G1)

Assalto

Em Porto Velho, Pinheiro passou pelo primeiro problema sério em sua trajetória. “Fui assaltado. Levaram meu capacete e meu diário de viagem. Fui assaltado de novo, em São Luís. Passei um período da viagem sem capacete. Eu pedia para as pessoas me ajudarem a arrumar um capacete, mas tive de andar dez capitais sem essa segurança.”



O ciclista lembrou do amigo que fez durante a viagem, quando passou pela Praia de Copacabana. “Foi um vendedor ambulante que me deu um capacete novo. Ele se chama Ligeirinho. Sou muito agradecido a ele por esse capacete.”

Dificuldades


Pinheiro afirmou que o pneu da bicicleta furou 45 vezes durante a viagem. "Foram seis jogos de catraca, coroa, rolamento e corrente. Troquei de selim uma vez, troquei um par de aro, quatro eixos, seis rolamentos de cubo e um calção. O meu rasgou no caminho. O capacete também é outro, desde o assalto."


No guidão, o ciclista levou fotografias de pessoas queridas, adesivos de estabelecimentos comerciais que o apoiaram, além de um reservatório de água. No bagageiro, apenas poucas peças de roupas e os cadernos de anotações.

Glauco AraújoDo G1, em São Paulo

ARGENTINO CONSTRÓI CASA COM 6 MILHÕES DE GARRAFAS

Artesão recolheu os objetos durante 21 anos.

Dos 6 milhões de garrafas, pelo menos 100 mil são de cerveja.


                                                                                   Foto: Clarín.com

O artesão argentino Rubén 'Tito' Ingenieri, 47 anos, usou cerca de 6 milhões de garrafas para construir sua casa, uma oficina de arte e um farol.

Tito mora na cidade de Quilmes, a 20 minutos da principal cervejaria argentina. 'Destes 6 milhões de garrafas, pelo menos 100 mil são de cerveja', disse ele à BBC Brasil.

O artesão, que não consome bebidas alcoólicas, recolheu as garrafas durante 21 anos. Elas foram encontradas na rua e doadas por moradores ou pela prefeitura local.

'Em um vídeo que fizemos para promover o museu, apareço bebendo numa garrafa de cerveja, mas é água. O que vale é a garrafa', disse.

Tito diz que a sua casa é também um museu, tendo recebido delegações do Japão, da Holanda, da Noruega e do Canadá.

                                                                                                                 Foto: Clarín.com

'(Construir casas com garrafas) pode ser uma solução para o problema da moradia. É muito mais barato que uma casa de tijolos', afirmou.

A casa está aberta à visitação publica, com entrada gratuita. O argentino afirma que, às vezes, 40 pessoas percorrem o local ao mesmo tempo.

A casa, com pisos e escadas de madeira, tem um quarto, uma sala, uma sala de jantar, um banheiro e uma cozinha.

'É uma casa como qualquer outra, mas com mais cores e iluminação graças aos tons das garrafas', disse. Tito, que iniciou, mas não concluiu, os estudos em belas artes, se define como um 'operário das artes'.

Oito horas por dia

Durante os 21 anos em que recolheu as garrafas, Tito diz ter trabalhado 8 horas por dia nas construções à base de ferro, areia, cimento, madeira e uma cola para prevenir a umidade. 'Soldei cada detalhe destas obras. Estou satisfeito com o resultado'.

Tito é porteiro em uma escola na localidade de Bernal, a 25 minutos de Quilmes. Além da casa onde mora, ele construiu a oficina, onde ensina aos interessados o que aprendeu sozinho, e um farol de 12 metros de altura.

O artesão afirma que se mudará para o farol quando ele ficar pronto, em dois meses. 'O farol também tem quarto e sala, mas com mais requinte que a casa-museu, porque é mais alto', disse.

No planos de Tito, está a construção de uma sala de cinema para os moradores locais, dentro da casa. 'Quero que muitos vejam que é possível fazer tudo isso sozinho. Com estas casas seria possível resolver problemas dos sem-teto e com criatividade'.

                                                                                                               Foto: Clarín.com


BBC

domingo, 24 de abril de 2011

PRÁTICAS, ECONÔMICAS E SUSTENTÁVEIS, BICICLETAS SEDUZEM EMPRESÁRIOS

Empresa da capital paulista faz entregas com as ‘magrelas’.


Práticas, econômicas e sem causar poluição, as bicicletas seduzem pequenos empresários que buscam bons negócios. São mais de 60 milhões delas espalhadas pelo Brasil.

Uma empresa da capital paulista faz entregas com bicicletas. A equipe é conhecida como os ciclistas mensageiros, que rodam a cidade o dia inteiro.

Os empresários Rafael e Danilo Mambretti investiram R$ 40 mil no negócio. Eles alugaram o espaço, compraram computador, telefone e reservaram capital de giro. Para os empresários, o momento é oportuno para negócios que ofereçam praticidade e respeito à natureza.

“A gente alia essa questão da sustentabilidade que todo macro ambiente vem vivenciando muito. As pessoas têm procurado isso”, diz Rafael Mambretti.

Na empresa, contratar um funcionário é diferente. Ele tem que ser praticamente um atleta para pedalar em média 70 quilômetros por dia. “Eles passam por alguns exames, desde teste ergométrico a acuidade de visual. E outro cuidado que a gente tem acompanhamento diário desde o treinamento é com a saúde da alimentação”, afirma.

Os ciclistas usam a própria bicicleta. Eles trabalham com capacete, óculos protetor e recebem treinamento.

A empresa começou com três ciclistas no final de 2010. Hoje, já são nove mensageiros, com crescimento de 30 % ao mês. Os chamados não param. Para crescer, a empresa conta com trunfos que só a bicicleta tem.

Nas ruas congestionadas de uma cidade como São Paulo, a gente chega à irônica constatação de que muitas vezes a bicicleta é mais rápida do que o carro. A velocidade média do trânsito é de 15 km por hora. A bicicleta vai a 20, além de não poluir, não gastar combustível e não precisar nem de vaga para estacionar.

O serviço do ciclista sai 20% mais barato que o do motoboy. Em média, uma entrega em um percurso de 10 km a 15 km, custa R$ 18.

O Brasil tem hoje uma frota de 65 milhões de bicicletas. É o terceiro maior produtor do mundo. 50% delas são usadas como transporte. Na cidade de São Paulo, de cada dez, sete são usadas para chegar ao trabalho.

g1.globo.com

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

ATÉ 2012, TODOS OS MUNICÍPIOS DEVEM TER O PLANO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Todos os Municípios brasileiros devem elaborar um plano local de resíduos sólidos até agosto 2012. A obrigatoriedade e o prazo são determinações da Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.305/2010 que foi regulamentada no final de 2010 pelo Decreto 7.404/2010.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) esclarece: o texto da lei estabelece dois anos para os Municípios elaborem os planos e quatro anos para substituir os lixões por aterros sanitários. O prazo começou a contar a partir da publicação da lei no Diário Oficial da União, o que ocorreu dia 3 de agosto do ano passado.

Logo após a publicação, o presidente da CNM Paulo Ziulkoski falou, em programa da Globo News, que a medida representa um grande desafio para os Municípios brasileiros. Na ocasião, ele destacou uma consequência para o Município que não cumprir os prazos. “Se em dois anos a prefeitura não estiver com o plano municipal pronto, será impedida de receber recursos do governo destinados à atividade”, pondera.

O presidente da CNM também disse que os Municípios precisam conhecer a realidade local para desenvolver o projeto e estipular metas. No entanto, o plano nacional é fundamental para o trabalho. “No plano nacional deve constar uma forma de ajuda financeira aos Municípios para viabilizar o cumprimento das determinações da lei. Sabemos que o Saneamento custa R$ 220 bi para universalizar”, explica.

Grupo de trabalho 
Neste aspecto, o governo deve nomear até fevereiro o grupo que vai criar o plano e instituir as metas de redução, reutilização, reciclagem de resíduos, aproveitamento energético e extinção de depósitos de lixo a céu aberto. De acordo com matéria da Agência Brasil, o grupo será composto por técnicos e dirigentes de 12 ministérios, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente (MMA). E a nomeação deste grupo interministerial sairá até fevereiro, mesma época da instalação do comitê orientador para a implantação dos sistemas de logística reversa.

Na prática, a segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para o tratamento de resíduos destinará cerca de R$ 1,5 bilhão, e os Municípios que não tiverem o plano não terá acesso aos recursos. Também, a partir de agosto de 2014 não poderão funcionar mais os depósitos de lixo a céu aberto – lixões – e apenas os rejeitos devem ser enviados aos aterros. 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

LÂMPADAS INCANDESCENTES DEVEM SER RETIRADAS DO MERCADO ATÉ 2016

Lâmpada incandescente é responsável por aproximadamente 80% da iluminação residencial no Brasil/Foto: mazita.

As lâmpadas incandescentes comuns serão retiradas do mercado paulatinamente até 2016, segundo regulamentação da portaria interministerial de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia e Indústria e Comércio publicada no Diário Oficial da União de quinta-feira, 6 de janeiro, cuja finalidade é a substituída por versões mais econômicas.
Fazem parte da regulamentação as lâmpadas incandescentes de uso geral, exceto as incandescentes com potência igual ou inferior a 40 Watts (W); incandescentes específicas para estufas (de secagem e de pintura) – equipamentos hospitalares e em geral; incandescentes refletoras/defletoras ou espelhadas.
Esse tipo de produto será banido do mercado de 30 de junho de 2012 até 30 de junho de 2016, a não ser que seja criada uma nova tecnologia capaz de agregar mais eficiência às lâmpadas incandescentes, informaram técnicos do Ministério de Minas e Energia.
De acordo com o ministério, a medida é fruto de um longo processo de negociação com setores da sociedade, por meio de consulta pública via internet e de audiência pública. O governo acredita que a medida aliada a outra portaria que trata do Programa de Metas das Lâmpadas Fluorescentes Compactas, trará ao país uma economia escalonada de cerca de 10 terawatts-hora (TWh/ano) até 2030 - o equivalente a mais do que o dobro conseguido com o Selo Procel, utilizado atualmente.
No mercado brasileiro existem 147 modelos de lâmpadas incandescentes etiquetadas, de quatro fabricantes diferentes. Estima-se que a lâmpada incandescente seja responsável por aproximadamente 80% da iluminação residencial no Brasil. O mercado brasileiro consome atualmente cerca de 300 milhões de lâmpadas incandescentes e 100 milhões de lâmpadas fluorescentes compactas.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, as tecnologias que envolvem os sistemas de iluminação se desenvolveram rapidamente nos últimos anos, disponibilizando equipamentos com mais eficiência e durabilidade. Paradoxalmente, aumentou também a preocupação com a escassez de energia e a busca de soluções que contemplem a boa iluminação conjugada a equipamentos mais eficientes e formas inteligentes de utilização.
Diante de tal cenário, a tecnologia utilizada nas lâmpadas incandescentes se tornou obsoleta. Tecnologias já consolidadas, como as lâmpadas fluorescentes compactas, podem fornecer quantidade maior de luz com um custo energético muito inferior à tecnologia incandescente.

Redação EcoD
Com informações da Agência Brasil

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

PRIMEIRA ESCOLA DE GARRAFAS PET É CONSTRUÍDA NA ÁSIA

Construída em San Pablo, nas Filipinas, a escola feita com garrafas plásticas descartadas é a primeira deste tipo na Ásia. O objetivo do projeto é conscientizar a população sobre a importância da construção de novas escolas, além de dar novo uso a um material com descarte considerado problemático nos dias de hoje.

A escola foi construída com milhares de garrafas de 1,5 e 2 litros de refrigerante e água. As garrafas PET foram preenchidas com adobe líquido, que é constituído basicamente de terra crua, água, palha ou fibras naturais. A combinação, que é relativamente barata, chega a ser três vezes mais forte que o concreto.
Em Junho, a Fundação MyShelter organizou uma corrida para coletar as garrafas PET, a campanha foi considerada um sucesso. A escola foi construída com a ajuda de dezenas de voluntários. O terreno foi doado pelo governo local de San Plabo. A escola é apenas a primeira de muitas.

Veja mais fotos e informações: BottleSchoolProject

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

CASCA DE BANANA PODE DESPOLUIR ÁGUA

Esnobada por indústrias, restaurantes e até donas de casa, a casca de banana pode em breve dar a volta por cima. Descobriu-se que, a partir de um pó feito com ela, é possível descontaminar a água com metais pesados de um jeito eficaz e barato.

O projeto é de Milena Boniolo, doutoranda em química pela Ufscar (Universidade Federal de São Carlos, no interior paulista), que teve a ideia ao assistir a uma reportagem sobre o desperdício de banana no Brasil.











"Só na Grande São Paulo, quase quatro toneladas de cascas de banana são desperdiçadas por semana. E isso é apenas nos restaurantes", diz a pesquisadora.

Boniolo já trabalhava com estratégias de despoluição da água, mas eram métodos caros --como as nanopartículas magnéticas--, o que inviabilizava o uso em pequenas indústrias.

Com as cascas de banana, não há esse problema. Como o produto tem pouquíssimo interesse comercial, já existem empresas dispostas a simplesmente doá-las.

MASSA CRÍTICA
"Como o volume de sobras de banana é muito grande, as empresas têm gastos para descartar adequadamente esse material. Isso é um incentivo para que elas participem das pesquisas", afirma.

O método de despoluição se aproveita de um dos princípios básicos da química: os opostos se atraem.

Na casca da banana, há grande quantidade de moléculas carregadas negativamente. Elas conseguem atrair os metais pesados, positivamente carregados.

Para que isso aconteça, no entanto, é preciso potencializar essas propriedades na banana. Isso é feito de forma bastante simples e quase sem gastos de energia.

"Eu comecei fazendo em casa. É realmente muito fácil", diz Boniolo.

As cascas de banana são colocadas em assadeiras e ficam secando ao sol durante quase uma semana. Esse material é então triturado e, depois, passa por uma peneira especial. Isso garante que as partículas sejam uniformes.

O resultado é um pó finíssimo, que é adicionado à água contaminada. Para cada 100 ml a serem despoluídos, usa-se cerca de 5 mg do pó de banana.

Em laboratório, o índice de descontaminação foi de no mínimo 65% a cada vez que a água passava pelo processo. Ou seja: se for colocado em prática repetidas vezes, é possível chegar a níveis altos de "limpeza".

O projeto, que foi apresentado na dissertação de mestrado da pesquisadora no Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), foi pensado com urânio.

Mas, segundo Boniolo, é eficaz também com outros metais, como cádmio, chumbo e níquel --muito usados na indústria. Além de convites para apresentar a ideia no Brasil e na Inglaterra, a química também ganhou o Prêmio Jovem Cientista.

Agora, segundo ela, é preciso encontrar parceiros para viabilizar o uso da técnica em escala industrial.

Folha de São Paulo 

GOVERNO AUMENTA EM R$ 300,00 ESTIMATIVA DE INVESTIMENTO POR ALUNO EM 2011

O valor mínimo previsto pelo governo federal para ser investido em cada aluno durante 2011 será cerca de R$ 300,00 a mais que o de 2010. A quantia passa de R$ 1.414,85 para R$ 1.722,05, de acordo com uma portaria ministerial da Educação e da Fazenda, publicada no Diário Oficial da União.
Os recursos provém do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que deve ter uma receita de R$ 94,48 bilhões em 2011 – aumento de 13,7% em relação a 2010 (estimado em R$ 83,09 bilhões).
A contribuição dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios deve atingir R$ 86,68 bilhões. A complementação da União ao Fundeb corresponde a 10% desse montante, ou seja, R$ 8,66 bilhões.
Desse total, R$ 7,80 bilhões serão repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a nove estados que não devem atingir o valor mínimo anual por aluno com sua própria arrecadação: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí.
Outros R$ 866 milhões estão reservados para complementar o pagamento do piso salarial de professores e financiar programas de melhoria da qualidade da educação.

Informações da Agência Brasil.